quarta-feira, 4 de março de 2009

Saindo um pouco da ficção




A notícia das últimas horas (dias para quem chegou aqui depois do dia 4) é a cassação do governador do Maranhão, Jackson Lago, do PDT. Jackson venceu as eleições para o governo daquele estado no último pleito. Contra ele, entretanto, caíam acusações de compra de votos e abuso de poder político. Algo que todos nós conhecemos muito bem. Ser cassado por essas acusações, isto sim, é algo novo nesse nosso Brasil que um dia entrará nos trilhos. Outros cinco governadores, de partidos diversos, estão na lista para serem julgados e, aberto o precedente, serem cassados. Fica a torcida de que os julgamentos ocorram antes de terminarem seus mandatos.
Os advogados do réu entrarão - ou entraram - com recursos nos Superior Tribunal Eleitoral e, caso o recurso não seja aceito, deverão entrar com outro recurso no Supremo, que, como faz geralmente, o devolverá ao STE. A manobra busca ganhar tempo, sabidos que são - os advogados - da morosidade de nosso sistema judiciário.
Quando for confirmada a cassação do governador e esgotarem todos os recursos, deverá assumir o governo daquele estado o candidado que ficou em segundo lugar no pleito no qual Jackson foi eleito. E é exatamente aí que uma pulga do tamanho de um elefante faz moradia atrás de minha orelha. Esse candidato, ou melhor, candidata, nada mais é que a senadora Roseana Sarney.
Se por um lado fica a torcida para que esse país tome jeito, por outro fica a estranha sensação de que nunca entrará nos tais trilhos. E que as famílias mandatárias de verdadeiros feudos, herdeiros do antigo coronelismo, jamais largarão esse osso.
Nos resta rezar!

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