quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Linha oCUpada

Aconteceu em um presídio de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte: a esposa de um detento compareceu para uma visita íntima – pasmem! – acompanhada dos dois filhos do casal. Levantou suspeitas ao se recusar a fazer os procedimentos de segurança para essas visitas, que consiste, na prática, em uma revista geral. Na realidade ela se recusou se agachar nua, procedimento que, segundo os guardas, existe para evitar que visitantes entrem no presídio “portando” objetos em seus orifícios íntimos. A mulher, então, se retirou com suas proles e voltou depois, alegando que só aceitaria fazer os procedimentos acompanhada da Polícia Militar, sem a presença dos carcereiros. Mais suspeitas ainda foram levantadas depois que as policiais encontraram duas – eu disse duas – camisinhas no ânus da mulher. Pressionada ela confessou que tentara entrar da primeira vez portando um celular e uma quantidade de maconha em seu fiofó. Como viu que não conseguiria entrar “desovou” os objetos em um matagal próximo. Policiais foram até o local acompanhado da mulher, onde encontraram apenas o celular. Ela ainda aproveitou o ensejo para denunciar um esquema de corrupção dentro do presídio, no qual carcereiros recebem grana para passarem celulares de uma ala a outra da instituição penal.

Ainda estou me perguntando que tipo de maluco que, ao encontrar uma quantidade de maconha e um celular num matagal, leva apenas a maconha e deixa para trás o aparelho. A não ser que seja um daqueles aparelhos antigos, anal-lógicos, gigantes. Malditos jornais que não divulgam a marca e o modelo do aparelho.